Nova segmentação das cooperativas é por perfil de risco «Voltar
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), as categorias são: plenas, clássicas e de capital e empréstimo. O BCB tem 90 dias para enquadrar as cooperativas de crédito nas três categorias. A nova segmentação foi anunciada pelo presidente do BCB, Alexandre Tombini, durante evento que reuniu em Brasília, as principais lideranças do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.

O teor da Resolução nº 4434/15 foi editada pelo BCB e publicada no Diário Oficial da União no último dia seis de agosto deste ano. O texto do normativo foi submetido à consulta pública, no ano passado e contou com intensa participação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), por meio de seu Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO), que enviou diversas contribuições.

O coordenador do CECO, Celso Regis Ramos, acredita que o cooperativismo tem muito a celebrar. “Mesmo que algumas de nossas sugestões não tenham sido acatadas, o teor da Resolução atende muito bem ao setor, colaborando para que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo continue em seu crescimento exponencial com a solidez e segurança necessária para atingirmos a meta de, em dois anos, termos 10 milhões de cooperados. É um desafio, mas as cooperativas têm condições de alcançar esta marca”, comenta Ramos.

Com a mudança, as cooperativas serão enquadradas nas categorias plena (que podem praticar todas as operações), clássicas (que não podem ter moeda estrangeira, operar com variação cambial e nem com derivativos – instrumentos do mercado futuro – entre outros) e as de capital e empréstimo (que não poderão captar depósitos, sendo seu "funding" apenas o capital próprio integralizado pelos associados).

Segundo dados da OCB, a base de associados do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) teve um crescimento de 171%, de 2006 a 2014. Em relação ao volume de ativos, o total no período analisado aumentou em 590%, alcançando a cifra de R$ 143,6 bilhões em 2014. O volume de operações de crédito teve crescimento total no período de 483%, o que representa, em média, um aumento ano a ano de 60,3% nas operações das cooperativas de crédito. Entre a crise financeira mundial, em 2009, e o início da estabilização do Sistema Financeiro Nacional, em 2011, o cooperativismo de crédito deu um salto no volume de ativos de R$ 37 bilhões para R$ 58 bilhões – quase dobrando de tamanho.
Fonte: Sistema OCB