Poupança é fundamental para o crédito rural «Voltar
 
No primeiro semestre de 2015, a Sicredi União PR/SP conseguiu assegurar o crescimento em várias áreas de atuação, mantendo percentuais positivos em relação ao cenário econômico atual. 

Os bons resultados da cooperativa também refletiram no valor captado pelo produto poupança, que cresceu 6%, enquanto o mercado apresentou retração, com resultado negativo de 2,44%.

De acordo com o assessor de negócios para crédito rural da cooperativa, Gilberto Rauber, esse crescimento é recebido com satisfação por todos, pois o governo federal permite as cooperativas de crédito, que captam recursos de poupança, apliquem uma boa parte do valor em crédito rural para as linhas de custeios, investimentos e comercialização. “Além disso, o percentual aplicado tem crescido gradativamente. Na safra 2015/2016, o percentual válido é de 85% do valor captado. Já para a safra 2016/2017, o percentual será de 95% e a partir de 01/07/2017, o percentual será de 100%”, ressalta Rauber.

Perspectivas
A dependência do crédito rural em relação à poupança será cada vez maior, principalmente, com o provável fim da exigibilidade de depósitos à vista. Segundo Rauber, o ideal seria a cooperativa atingir a autossuficiência em crédito rural com os recursos advindos desse produto. “Sabemos que é um processo lento e que exige trabalho. Mas com o aumento do volume captado, poderemos ser, no futuro, autossuficientes para atender a demanda de nossos associados”, frisa o assessor, complementando que, em uma rápida projeção, isso será atingido quando a Sicredi União bater, aproximadamente, R$ 500 milhões em poupança. Atualmente, a Sicredi União movimenta cerca de R$ 280 milhões neste produto.

Rauber destaca ainda que o crédito rural é um produto muito importante para a cooperativa, porque contribui para a comercialização de outros produtos e, especialmente, atende às necessidades dos produtores rurais. “Nos últimos anos, o crescimento do crédito rural na Sicredi União PR/SP tem sido, em média, 20%”, disse.

 Segundo ele, faz parte do trabalho da cooperativa oferecer este apoio aos agricultores. “Hoje, grande parte dos associados não possuem recursos próprios para os custos do plantio das culturas e dependem de uma instituição financeira. Fomentar a poupança para ter recursos para o crédito rural é o caminho para autonomia da cooperativa”, finaliza.