BC divulga Relatório de Inclusão Financeira 2015 «Voltar

O Relatório de Inclusão Financeira (RIF) 2015 apresenta a evolução da inclusão financeira no Brasil durante o período de 2010 a 2014, tendo como base de comparação o período 2005-2010. A abordagem considerou três dimensões da inclusão financeira, que são o acesso, o uso e a qualidade de produtos e serviços financeiros. O relatório também trata da evolução das operações de microcrédito no Brasil entre 2013 e 2014. 

Praticamente todos os municípios contam com pelo menos um ponto de atendimento do sistema financeiro, agências, postos de atendimento eletrônico e correspondentes. Em 2014, 73% dos municípios dispunham de mais de 15 pontos por 10 mil adultos, ante 14% em 2005. A expansão dos pontos de atendimento contribuiu para o aumento da inclusão financeira nos últimos anos, refletido no aumento percentual de adultos com algum relacionamento bancário, que chegou a 84,5% em 2014. 

Os brasileiros têm usado cada vez mais canais eletrônicos, como internet banking, celulares e tablets, para realizar as transações. Os cartões de crédito e de débito continuam substituindo os cheques e os pagamentos em espécie no comércio.

 A avaliação da qualidade no uso dos serviços financeiros teve como foco o crédito. O grupo de tomadores de menor renda, com até três salários mínimos (3SM), passou a ser o mais representativo em número de tomadores e o segundo maior em volume de crédito. Do total de 56 milhões de tomadores de crédito em 2014, 34 milhões estavam na faixa de renda de até 3SM.

 Em relação ao microcrédito, os valores da carteira aumentaram, nos últimos anos, em ritmo mais acelerado que a carteira de crédito total do sistema financeiro nacional. A população de renda de até 3SM e os microempresários (receita bruta anual inferior a R$360 mil) representam a maior parte dos clientes do microcrédito, em consonância com o que se espera do público-alvo desse tipo de operação. 

O RIF aponta avanços na inclusão financeira no Brasil. A sua continuidade, porém, é um desafio que passa por uma oferta mais diversificada de produtos financeiros, pelo estímulo ao hábito da poupar, pela promoção da educação financeira, pelo estímulo à maior transparência na oferta de serviços e produtos, pela promoção da inovação por meio de novas tecnologias da informação e comunicação.