Cooperativas do Paraná reivindicam apoio para comercialização de feijão «Voltar

O ritmo lento de comercialização da nova safra de feijão no Paraná motivou as cooperativas do Estado a solicitar apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que sejam alocados recursos ao Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para o nordeste brasileiro e, ainda, para financiar a estocagem de feijão carioca.

Um ofício com a demanda foi enviado nesta semana ao secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. No documento, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destaca que as condições climáticas desfavoráveis observadas no “pico” de colheita comprometeram a produtividade e a qualidade do grão novo, o mais procurado pelas indústrias de empacotamento. “A consequência é o baixo interesse dos agentes do mercado em adquirir o produto ofertado”, ressalta.

Mais afetados 

 Ainda de acordo com o dirigente, no Paraná, os produtores mais afetados pelos preços baixos são aqueles que produziram o feijão carioca. “Na entrega do grão há deságio por qualidade e existem relatos de grãos sendo comercializados a R$ 80,00 por saca de 60 quilos, o que não remunera os custos do produtor e fica abaixo do preço mínimo de comercialização”, acrescenta.

Safras 

A cultura do feijão é dividida em três safras e, desde 2006, o Paraná lidera a produção no País. De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab/Deral), a estimativa é de que na safra 2017/18 sejam colhidas 703 mil toneladas nas duas primeiras safras. A terceira será cultivada apenas em março no Estado. As cooperativas paranaenses participam com cerca de 15% da produção estadual.