Queda na produção do milho reduz safra de grãos «Voltar

Divulgado no dia 10 de julho, o 10º Levantamento de Safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicou queda na produção de grão, apesar de ser a segunda maior da história com 228,5 milhões de toneladas.

A redução de 3,9%, se comparada com colheita da safra passada, na avaliação da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), tem como principal responsável o milho safrinha, que sofreu com a estiagem em meados de maio e junho, principalmente em Mato Grosso do Sul, Paraná, parte de Goiás e Mato Grosso. “Com o avanço da colheita do milho safrinha, novos ajustes devem ser realizados e a produção deverá ficar próxima a 225,4 milhões de toneladas, queda 5,1% em relação à última safra”, explica o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski.

De acordo com a Conab, a produção do milho safrinha está estimada em 56,02 milhões de toneladas, 16,9% a menos do que o levantamento de junho, mas a perspectiva da CNA é de que a produção chegue próximo a 53 milhões de toneladas. “A CNA esteve percorrendo o estado de Mato Grosso do Sul e identificou que a perda de produtividade no estado deve ficar acima dos 30%. Entretanto, comparando com a safra passada, os preços ofertados pelo cereal estão superiores e isso deve contribuir para minimizar os prejuízos dos produtores”, ressaltou Malinski

Compensação

A pesquisa da Conab também trouxe ajustes em relação à produção de soja com a finalização da colheita: 118,89 milhões de toneladas. Para a CNA, esse volume ficou muito acima das estimativas iniciais apontadas pelos principais agentes de mercado após o plantio da oleaginosa. “A soja foi o grande destaque dessa safra com incremento de 5% a 6% e as boas condições climáticas fizeram com que tivéssemos boa produtividade em praticamente todas as regiões, tirando algumas exceções como Sul do Rio Grande do Sul e algumas localidades de Mato Grosso onde a chuva acabou atrapalhando a colheita”, afirma o técnico da CNA.

Outro destaque foi o algodão, com incremento de aproximadamente 25% em área, com ótima produção tanto em quantidade quanto em qualidade. Apesar de a colheita ainda estar em andamento, as estimativas indicam uma produção de 1,964 milhão de toneladas de pluma, a maior produção colhida no Brasil. “Essa é a segunda safra consecutiva que a produtividade e a qualidade de fibra estão acima da média e isso deve garantir rentabilidade positiva aos cotonicultores”, pontua Malinski.

Para ter acesso ao levantamento completo da Conab, acesse o link

Fonte: OCB/MT