Mercado de Origem será central de conhecimento e negócios da agricultura familiar «Voltar

Empreendimento que será lançado oficialmente no dia 6 de dezembro, vai contemplar espaço para 300 produtores, associações e cooperativas da agricultura familiar de todas as regiões do Estado e do país.

O empreendimento, que terá a primeira unidade construída no bairro Olhos D’água, às margens da BR-040, em Belo Horizonte, vai funcionar como uma central de produtos, conhecimentos, tecnologias e eventos relacionados à agricultura de Minas Gerais e de outras partes do país, fundamentando seis conceitos: saber, saúde, sabor, social, sustentabilidade e sucesso.

No Brasil e no mundo, 70% a 80% dos alimentos são produzidos por pequenas famílias em propriedades rurais, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO). Para a ONU, a agricultura familiar é um passaporte para erradicar a fome mundial e alcançar a segurança alimentar sustentável.

No Brasil, não é diferente. De cada dez alimentos que abastecem a mesa dos brasileiros, sete vêm de propriedades pequenas, cujas produções modestas são da responsabilidade direta das famílias que tocam a roça. O problema destas famílias é a figura do atravessador, que muitas vezes pressionam com condições abusivas e preços bem abaixo do mercado.

Segundo o presidente da Fundação Doimo/Grupo Uai, Elias Tergilene, no Mercado de Origem não vai existir a figura do atravessador. Um dos objetivos principais do projeto além de valorizar a agricultura familiar é abrir espaço para 300 produtores, cooperativas e associações de agricultura familiar comercializarem diretamente para o consumidor final e para o atacado, produtos tradicionais, como cafés, queijos, carnes, frutas, bebidas, doces e artesanato.  

 

De Minas para o mundo 

Além de ser um ponto de disseminação da agricultura familiar para o Estado e outras regiões do país, a proposta do Mercado de Origem é romper as fronteiras e levar os melhores produtos para outros países. Para abrir caminho para os produtores, uma comitiva brasileira expôs produtos de origem nacional –como mel e pão de queijo– na maior feira de alimentos do mundo, a China International Import Expo.

“Essa estratégia vai permitir que o mundo tenha acesso aos melhores produtos do Estado e do Brasil e cria potencial para que pequenos, médios e grandes agricultores encontrem mercado para parte da produção. Além disso, eles terão acesso a tecnologias, insumos e equipamentos importados mais baratos, direto dos produtores chineses. Vamos estabelecer uma seleção séria, no sentido de escolher exportadores que estejam em total acordo com a legislação sanitária, preparados do ponto de vista fiscal e das exigências de qualidade necessárias para que Minas Gerais seja representada internacionalmente pelos melhores produtos”, ressalta Elias Tergilene.

A expectativa é que o Mercado de Origem seja inaugurado no segundo semestre de 2019.  

Fonte:  Empresarial Interface Comunicação