Menos ideologia e mais profissionalismo, diz presidente do Sistema Ocepar «Voltar

A questão ambiental e, principalmente, o fato do agronegócio do Brasil ser alvo de críticas no cenário internacional, sendo ligado aos problemas da Amazônia, foi o pano de fundo da fala do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, na cerimônia de abertura do 7º Fórum de Agricultura da América do Sul. Representando o setor cooperativo do Paraná, que agrega mais de 170 mil produtores rurais e responde por boa parte da produção de alimentos do estado, Ricken lembrou que o país possui uma das mais rigorosas e modernas leis ambientais do mundo, e que os agricultores paranaenses cumprem as regras à risca.

Visibilidade - “Precisamos mostrar ao mundo o que o agronegócio do Paraná representa e a responsabilidade que o cooperativismo tem com isso”, afirmou o dirigente. “As cooperativas paranaenses exportam para mais de 130 países e posso garantir que são produtos bons, de qualidade e origem garantida”, completou. Ricken também destacou que o tema dessa edição do Fórum de Agricultura da América do Sul - Da Produção ao Mercado, Global e Sustentável - é oportuno, em função do momento que o agronegócio vive. “É necessário refletir sobre mercado, sustentabilidade e ambiente geopolítico. Precisamos ter consciência da missão que temos de abastecer o mundo com alimentos mas, na outra ponta, o mundo precisa reconhecer que o agronegócio do Sul do Brasil atua com responsabilidade, inclusive, na questão ambiental”, disse.

Sustentabilidade - Em sua explanação, Ricken pontuou que o cooperativismo paranaense não acredita na impossibilidade de produzir sem sustentabilidade.  “Isto é um discurso ideológico. Para nós, que respondemos por boa parte da produção estadual, a regra é produzir sempre com sustentabilidade, e uma sustentabilidade baseada em três pilares: social, ambiental e econômica. Este é o nosso compromisso e se prevalecer a verdade, não temos o que temer”, disse Ricken. “Sabemos o que estamos produzimos e de que forma fazemos isso, e que produto estamos ofertando ao mundo. Então, menos ideologia e mais profissionalismo. Vamos ouvir aquelas pessoas que efetivamente tem uma contribuição a dar, e tem responsabilidade em relação ao que está sendo feito”, frisou. 

Respeito pelo que fazemos - Segundo o dirigente, os críticos internacionais desconhecem que a maior parte da produção de alimentos do Brasil ocorre em regiões distantes da Amazônia. “Então, o agronegócio do Paraná não precisa que ninguém diga o que ele tem que fazer. As pessoas precisam conhecer a nossa realidade e respeitar. O mundo precisa saber que 2/3 do país tem florestas intocáveis, que nunca serão desmatadas, e nem precisamos disso, porque temos tecnologia e competência para produzir uma safra gigantesca de grãos em menos de 8% da área territorial nacional.”

Cooperativas - As discussões do 7º Fórum de Agricultura estão sendo acompanhadas por cerca de 100 lideranças do cooperativismo paranaense que participam do Fórum de Presidentes das Cooperativas Paranaenses, promovido paralelamente pelo Sistema Ocepar.

Fonte: Paraná Cooperativo