Cooperativas marcam presença na Semana Internacional do Café «Voltar

Produtos de dez cooperativas que atuam no mercado de café estão expostos na Semana Internacional do Café (SIC). Uma oportunidade para vendas e novos negócios, o evento ocorre de hoje até sexta-feira, no Pavilhão ExpoMinas, em Belo Horizonte (MG).

Oito dessas coops foram indicadas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) para compor um estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A ação faz parte do programa Brasil Mais Cooperativo, lançado em julho com o objetivo de fortalecer o cooperativismo brasileiro.

PELO MUNDO

O Brasil é o maior produtor e exportador de cafés do mundo. Somente em 2018, 35,2 milhões de sacas de café brasileiro foram exportadas para 123 países. E as cooperativas têm uma participação importante nesse resultado.

Atualmente, cerca de 105 cooperativas brasileiras atuam na cadeia produtiva do café e, de acordo com o Censo Agropecuário 2017 do IBGE, 54,8% do grão produzido no Brasil vem de produtores rurais associados a cooperativas.

A estimativa é de que, nos três dias, 20 mil pessoas, incluindo 220 compradores internacionais de café verde, visitem a SIC. O Sistema Ocemg é apoiador do evento. O presidente da Unidade, Ronaldo Scucato, comenta os principais desafios do setor. Confira abaixo!

Qual a relevância de eventos como a SIC para o desenvolvimento da cafeicultura brasileira?

A Semana Internacional do Café é um dos eventos mais importantes do setor cafeeiro no Brasil e no mundo. Para se ter uma ideia, a edição do ano passado recebeu representantes de 78 países. Além disso, é muito significativa a escolha, desde a primeira edição, em 2013, de Belo Horizonte como sede deste encontro, reforçando que se trata da capital do maior Estado produtor de café do país, com 53,5% da safra nacional. A SIC é relevante porque confirma a força e a importância da cafeicultura para a economia. É também um momento para que produtores, torrefadores, especialistas e consumidores possam conhecer as novidades do mercado de café, valorizando cada vez mais o produto. Vale destacar que também nessa cadeia produtiva é destacada a participação das cooperativas, responsáveis por 25,8% de toda a produção de café do país, sendo que essa representatividade sobe para 48,3% em Minas.

Qual sua expectativa para o evento?

O Sistema Ocemg é patrocinador diamante do evento desde 2013, quando Belo Horizonte passou a sediá-lo. Participaremos, este ano, com mais de 20 cooperativas expositoras. Nossa expectativa é sempre de fomentar bons negócios para as cooperativas, bem como ampliar sua visibilidade para que possam apresentar seus produtos e criar um ambiente propício para network com parceiros e contatos importantes, bem como com os consumidores.

Quais os gargalos desse setor e como superá-los?

A queda do preço do café é um dos principais gargalos em função das produções recordes a que temos assistido nos últimos anos, especialmente nas regiões montanhosas. Outro fator é a mão de obra escassa para a produção em função da constante migração do campo para as cidades. Para superar esses problemas, as cooperativas mineiras vêm investindo muito em tecnologia, inovação, desenvolvimento de produtos e capacitação, especialmente apoiadas pelas ações do Sistema Ocemg, que realiza e propicia várias ações nesse sentido, a exemplo do Programa de Desenvolvimento Estratégico de Cooperativas Agropecuárias (Prodecoop Agro), do Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (GDA), e do Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativa (PDGC). Vale destacar ainda que o Sistema viabiliza a participação das cooperativas em iniciativas importantes de intercâmbio e fomento do setor nacionais e internacionais, como o Encontro Nacional de Cafeicultores (Encoffee); a Feira de Cafés Especiais das Américas (SCAA), a Feira Internacional da Tecnologia Agrícola (Agrishow); o Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias (ENCA) e a Feira de Cafés Especiais da Europa (Berlim/Alemanha).

Como os produtores podem se organizar para potencializar os negócios?

Acredito que a melhor maneira de os produtores ganharem escala e mercado é se associando a uma cooperativa. No cooperativismo, o produtor tem a oportunidade de competir com as grandes empresas que atuam no mercado. Além disso, as cooperativas contribuem para a sustentabilidade do negócio, gerando resultados positivos para todos os seus membros, além de produtos e serviços de qualidade para a sociedade, gerando um ciclo virtuoso tanto econômico quanto social.

Como a OCB/Ocemg podem contribuir com a superação dos desafios dessa cadeia produtiva?

O Sistema OCB, como representante das cooperativas no país, tem atuado continuamente para o fortalecimento da cadeia produtiva do café, por meio da proposição de políticas públicas para o setor, junto ao Legislativo e ao Executivo, e de projetos e ações de estímulo à profissionalização e desenvolvimento das cooperativas, de maneira alinhada às Unidades Estaduais. Nesse sentido, o Sistema Ocemg acompanha todas essas atividades e realiza diversas ações com foco na gestão das cooperativas do ramo e fomento do setor cafeeiro conforme já detalhamos acima. O objetivo é que as cooperativas estejam sempre em posição de destaque no cenário nacional e internacional por sua capacidade de realizar negócios sustentáveis e de transformação social.

Fonte: OCB 

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