Frutos da BRS Princesa ganham mercado na região de Campinas «Voltar

Já estão sendo vendidos nos supermercados de Campinas (SP) e entorno os frutos da banana tipo Maçã BRS Princesa, desenvolvida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A variedade tem porte médio a alto e produz frutos com características de tamanho, formato e gosto muito similares aos da tradicional banana Maçã, que praticamente desapareceu das casas brasileiras por ser suscetível à "murcha de Fusarium". Chamada anteriormente por "mal-do-Panamá", a "murcha de Fusarium" é uma doença de solo causada pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense (Foc), endêmica em todas as regiões bananicultoras do mundo e, historicamente, uma das doenças mais destrutivas da cultura.
Além da semelhança com a variedade Maçã, grande vantagem da BRS Princesa é, justamente, a resistência à "murcha de Fusarium" e também à "Sigatoka-negra", outra doença grave da cultura. “A BRS Princesa veio suprir a lacuna deixada pela banana Maçã e se mostra como um produto diferenciado em sabor e apresentação”, afirma o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do "Programa de Melhoramento da Banana e Plátano" da Embrapa, que tem boa expectativa quanto à entrada da variedade nos supermercados paulistas. “Essa é a nossa primeira cultivar de banana com a marca Embrapa no ponto de venda. Eu vejo como muito promissora essa ideia porque São Paulo é um mercado muito exigente, em especial a capital”, continua.
Os frutos que chegaram recentemente às prateleiras paulistas são produzidos pela empresa TropSabor em Jacupiranga, no Vale do Ribeira (SP).
Edson Amorim e Orivaldo Dan, proprietários da Tropsabor, se conheceram em 2015, durante o III Congresso Latino-Americano e do Caribe de Bananas e Plátanos (Musalac), evento coordenado pela Embrapa e realizado em Corupá (SC). “O Dan ministrou uma palestra e depois fomos apresentados. Ele assistiu à minha palestra e se interessou pelo trabalho. Conversamos sobre a BRS Princesa e ele disse que gostaria de testar. Enviei algumas mudas in vitro para ele, e Miguel [Miguel Dita, ex-pesquisador da Embrapa e atual pesquisador da Aliança Bioversity e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat), Colômbia] deu sequência com um acompanhamento muito bom in loco ao avanço das pesquisas com a BRS Princesa. Fizemos ajustes na produção, demos orientações para melhorar a fruta e hoje o resultado está nas prateleiras, disponível para o consumidor e, em breve, estará na capital”, explica Amorim.

FONTE: EMBRAPA

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